quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Carta aberta a uma pessoa vazia

"Na praça Clóvis
Minha carteira foi batida
Tinha vinte e cinco cruzeiros
E o teu retrato
vinte e cinco
Eu, francamente, achei barato
Pra me livrarem
Do meu atraso de vida" - Paulo Vanzolini

Querida,

eu poderia lhe enviar uma mensagem - direta e assinada, mas achei mais eficaz publicar este post - já que você lê tão frequentemente meu blog (sim, eu sei disso. Talvez seus amigos não sejam tão amigos quanto lhe parecem...).

É provável que neste momento haja em você um rompante de felicidade misturado com alívio. Certamente esse alívio é maior do que aquele que eu senti em janeiro deste mesmo ano, já que eu tinha plena segurança do desfecho que tive (enquanto você, tenho certeza, duvidou muito da sua sorte).

Eu sabia bem quais eram as minhas (poucas) chances de êxito quando pedi um julgamento antecipado. Sabia também que se não tivesse feito esse pedido, teria chances exponencialmente maiores de vencer, a cada novo ato daquele processo.

Só que não quis. Deliberadamente, optei por não ser obrigado a olhar para a sua cara cínica nunca mais nesta vida, ainda que soubesse que o meu asco naquele momento só não seria maior do que a sua agonia, ainda que soubesse o quão fácil seria provar em juízo que você é uma mentirosa arrogante.

Mas a sua lição já foi suficiente, e valeu cada centavo que paguei por ela. Seu breve período de agonia, e as noites de insônia proporcionadas pelo medo de perder aquilo que você mais preza nesta vida (dinheiro), para mim são mais que suficientes. 

A sua correria desesperada para tentar encontrar provas e argumentos que justifiquem o injustificável já me proporcionaram o suficiente prazer que eu queria. E que prazer! É pena que o processo digital ande tão rápido... Fosse nos velhos tempos de papel, teríamos aí pelo menos um aninho de agonia para a sua torpeza.

Eu não sou mesquinho como você. Não vou perder o precioso tempo da minha vida tentando "destruir" alguém cuja vida já é, por si só, insignificante - e aquilo que é insignificante não precisa ser destruído.

Sua mediocridade, sua frivolidade e a sua pequenez de espírito já são mais do que suficientes para "destruir" a sua vida sem sentido. Seu próprio rancor já lhe afogou, faz tempo, e nunca conseguiu me atingir. Por isso, não recorri! Have fun! 

O dinheiro que gastei foi completamente insignificante pra mim. Seja porque representa uma ínfima parte do que ganho (2,8% do meu último bônus, pra ser mais exato. Ou, 50% do que gastei em vinhos na minha última viagem, mês passado), seja porque eu não sou a ganância em forma de gente como você.

Já o dinheiro que você gastou... Esse lhe doeu! Cada centavo pago certamente foi uma fisgada no fígado. 

Caráter: ou se tem, ou não tem. Espero que você tenha aprendido a lição,

Ass. Bululu, que um dia foi muito trouxa, mas há tempos não é mais.