segunda-feira, 25 de maio de 2009

Link interessante

Muitas histórias de buteco são sobre viagens... E não nego que gosto de viajar, portanto, aos que pretendem/gostam de viajar: http://www.revistaup.com/blogdobeline/?p=633


Fica aí a dica... desculpem-me pelo curto post!

Até mais!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Andando na corda bamba

Caio na noite sem pudor e sem temor. A escuridão é breve e a busca é constante. Preciso saciar esta sede que atormenta minha alma. Covardia, sonho ou ideologia. Fraqueza ou franqueza. Já não sei dizer o que se passa comigo nestas noites de delírio na maior cidade da América Latina. A santidade de São Paulo é cruel e implacável. Entre uma bebida e outra realizo o sonho dos hipócritas e das putas. Pernas, rabos e néon. Sou isca fácil neste joguete de sedução. Rendo-me a ferocidade das minhas entranhas. Bebo mais uma dose. Wiskey. Conhaque. Maria-mole. Cachaça. Ah, a velha e boa cachaça! Cerveja não desce mais. Os meus olhos estão vidrados. Vejo velhos sujos e bêbados. Sem família e sem amor. Perdidos na solidão do desejo que já se esvaiu. Já não sei mais se é um sonho. Durmo e acordo no mesmo dia todos os dias. Penso na minha carreira. Quantas carreiras em vão. Apaixono-me por algumas horas e me escondo novamente em posição fetal debaixo de algum cobertor. Tudo isso aconteceu realmente? Parece um filme... Déjà vu. É isso. Déjà vu. Eu sou o caos. Já não tenho medo. Já não sinto culpa. O personagem se virou contra o criador. Sinto prazer em não sentir nada. Corro pelado no meio da rua. O vento corta a minha pele e faz com que eu me sinta vivo novamente. Mais um hotel barato, mais um bordel, mais um papel. Andando na corda bamba com os olhos escondidos atrás de dois olhos negros de um menino.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Salve Mestre!

Salve Mestre!!! Demorou, mas eu apareci aqui no balcão pra despejar um pouco de filosofia etílica no caneco. Nada melhor do que falar um pouco do nosso primeiro encontro "oficial".

Sábado de frio, convidei o Moura pra gente tomar um wiskim lá em casa. Queria mostrar a música que eu tinha feito com uma de suas poesias. Ele apareceu meio tímido com uma garrafa de Red Label e um pote de castanhas de cajú nas mãos. Começamos a beber e conversar tímidamente, falando de trabalho e tal, na época trabalhávamos no mesmo escritório.

Papo vai, papo vêm, as castanhas estavam quase que intactas - nada contra as castanhas Mestre! Elas estavam uma delícia, mas você sabe que formiga gosta mesmo é de açúcar! - enquanto que o Johnny estava nas últimas... A sorte é que eu tinha um Cavalinho Branco que nos ajudou a cavalgar adiante. Nesta altura do campeonato minha mulher, quer dizer, ex-mulher, já havia ido se deitar alegando que não estava nos entendendo mais. Isso é algo muito curioso!

Por mais bêbado que possamos estar, sempre somos compreendidos por outra pessoa que esteja no mesmo "nível intelectual" que o nosso! Quando o sol raiou, estávamos, literalmente, pendurados na pia da cozinha filosofando. Mas a ex-patroa jogou o balde com água no chão e tivemos que ir nanar... Tem pessoas que você sabe que vai ter uma relação intensa só de trocar algumas palavras. Com o Gabriel foi assim. Este foi o primeiro encontro de muitos outros. As primeiras garrafas de muitas... Muita história boa pra contar... Mestre, bota a cerveja no freezer, prepara aquela mineirinha amarela e frita uma calabresa com bastante cebola que eu cheguei no balcão! Saravá meu parceirinho poeta! Amante das palavras e da cachaça!

domingo, 10 de maio de 2009

"Areluia groria a deusssss"

O centro de São Paulo é praticamente um circo a céu aberto. Tem de tudo, ouve-se de tudo, acontece de tudo. Mas não foi a primeira vez que eu reparei em uma cena meio bizarra, muito embora bastante comum. Voltando da faculdade, já tarde da noite, notei aquela roda de pessoas na Praça da Sé, ouvindo um ser vestido com uma roupa social bizarra, uma bíblia na mão e vociferando mil e uma groselhas.

Era mais um crente calejando as cordas vocais para salvar a humanidade. Mas o que mais me choca não é um desocupado ficar gritando asneiras a plenos pulmões numa praça, mas o fato de haver mais uns vinte ou trinta desocupados dispostos a prestar atenção no tal do crente. Ah! Pelamor, meu amigo! Vai trabalhar, vai jogar dominó, vai beber pinga, vá fazer alguma coisa da vida! Mas escolher ficar ouvindo maluco falar groselha na Praça da Sé é algo que realmente não consigo entender...

Aliás, não consigo entender o fenômeno "crente" no Brasil. Morei um ano na Fraça, e na Europa tem bastante gente protestante, mas nesse um ano lá eu reparei que os caras freqüentam a igreja deles, têm lá as crendices meio bizarras - para mim - deles, não bebem, não metem, não cheiram, mas não enchem o saco de ninguém! Nem ficam pregando em praça pública.

Pra mim, esse lance de pastor pregando na praça é algo muito terceiro-mundista. Obviamente que é reflexo da pouca - ou inexistente - educação do nosso povo. Pode parcer preconceito meu, e até acho que é. Mas, sinceramente, não dá pra levar a sério pessoas que acreditam na teoria da criação. Tipo, Darwing de cu é rola, e nós viemos todos de Adão e Eva. A teoria da evolução se aplica a todos os animais, exceto os ser humano. A mulher? Ora, a mulher veio da costela do homem! Ah! Não tem como aceitar isso, na boa!

Pior é que aqui no Brasil estabeleceu-se a "indústria da fé", com igrejas riquíssimas e poderosíssimas. Os caras têm rede de televisão! Têm até bancada no congresso! Quem perde com isso é a população, claro. Já que projetos de lei importantes - como o do uso de células tronco ou legalização do aborto - são barrados por esse povo super "pra frentex", que orienta sua vida com base num livro escrito há mais de doi mil anos, sabe-se lá por quem, cheio de metáforas e coisas desconexas.

Os "pra frentex" também acham que o sexo tem que se restringir ao casamento, quando não são mais radicais, e proclamam: sexo é só pra reprodução! Hahahahaha... Haja paciência! Já ouvi de uma crente a seguinte frase "hoje em dia, os homens não dão valor nenhum pra virgindade de uma mulher!" que valor, minha filha? Pelamor! Que porra de valor?! Quer que a galera faça festinha e bata palma quando alguém perde a virgindade?! Ou, melhor, quer que se pague dote pelos cabacinhos rompidos? Acho que deve ser isso. Dar valor à virgindade deve ser pagar o dízimo pra menina deflorada. É mais coerente com a filosofia do "dizimo salvador".

Alias, o dízimo, minha gente, serve apenas para manter as instalações da igreja, viu? Pastor andando de carro blindado e ganhando R$ 10.000,oo por mês num país onde o salário mínimo não chega a R$ 500,00 é algo extremamente necessário para o bom funcionamento da casa de deus (com letra miníscula, DE PROPÓSITO!).

Agora, a cerejinha do bolo, pra aumentar a raiva dominical: igreja no Brasil não paga imposto. É, os caras têm um patrimônio absurdo, e não pagam porra nenhuma de imposto! Eu acho isso inaceitável. Mesmo! Precisamos de uma revolução francesa no Brasil... Já pensou que lindo confiscar o patrimônio da Igreja? E botar essa galera da vida fácil toda pra trabalhar? Ia ser sensacional...

P'ra finalizar, posto o link para um video que inspirou o título desse post: http://www.youtube.com/watch?v=KC0on_LpoMM.

É um vídeo pra lá de engraçado, mas ao mesmo tempo extremamente triste. Por que triste? Basta uma leve sapeada nos comentários pra ver que tem gente que REALMENTE acredita nisso, leva a sério e ainda incentiva essa lavagem cerebral estúpida. Pobre criança! Cadê o Juizado da Infância e Juventude numa hora dessas? Os pais dessa menina tinham que ser interditados...

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Fumaça

“Aí, André! Posso pegar uma cadeira vazia e juntar nessa mesa aqui do canto? Valeu!” Depois de aceitar o convite pro bar, é bom aparecer, não é? E achei que seria justo uma homenagem ao André, garçom que, por anos, aturou 2 dos 3 que aqui escrevem até agora. Será um prazer beber, digo, escrever com vocês, Carol e Gabriel!

Peço perdão pela possível falta de acentos (ou excesso deles): malditos teclado norte-americano e reforma ortográfica! Sinto-me um analfabeto! Também peço desculpas por escrever um post sobre um assunto que não entendi direito... Talvez o Gabriel seja o mais indicado! Ou não... Hehehe.

Não sou fumante. Ao contrario, costumo dizer que odeio o cigarro e, obviamente, sua fumaça. Lembro-me de concordar com a lei que proibiu fumo em locais fechados na Alemanha (eu estava por aquelas bandas quando a lei entrou em vigor)... me lembro, também, de pensar “poxa, em São Paulo já é assim há um tempo...” Algumas pessoas podem alegar que já me viram com um cigarro na boca. Fato! Isso já aconteceu algumas (poucas) vezes... e eu estava extremamente bêbado/com frio. Portanto, se um dia você me vir com um cigarro, tenha certeza de que estou a caminho de uma hipotermia e/ou uma cirrose! Hahahaha (e, pra piorar, talvez um câncer de pulmão).

Toda esta lenga-lenga é pra falar sobre a proibição de fumo em estabelicimentos comerciais de São Paulo. Gabriel e eu costumávamos, entre uma cerveja e outra, fumar cachimbo no bar onde o André trabalhava... Mas ficávamos nas mesas da calçada, do lado de fora... concordo que a fumaça incomoda quem está ao lado, tanto quanto a do cigarro. Aliás, não! Um fumo de cachimbo bem escolhido não fede, ao contrario, tem um odor até que agradável. Sou totalmente a favor da proibição do fumo em lugares fechados, mas, áreas abertas, não sei não... E vocês, o que acham???

"Ei, André! Mais 2 garrafas bem geladas aqui, faz favor?"

E assim a mesa cresce.

Como havia dito antes, esse bar, digo, blog, precisa de mais bêbados... Er... Digo... Ah, sem hipocrisia por aqui! Precisamos de mais bêbados com idéias ébrias pra ilustrar e animar o ambiente. Bom, dessa vez não vou apresentar alguém que conheci num samba, numa balada, ou numa pegação qualquer... Vou apresentar alguém que conheci muito antes de saber o que era um samba, pra que servia uma balada, ou como se comportar em uma "pegação". Introduzo nesse blog (ui!) meu ilustre camarada Rafael Videira, músico talentoso, estudante brilhante, e amigo que me deve algumas cervejas.

Direto dos USA, esse mestrando - ou melhor, doutorando - tupiniquim vai nos escrever um pouco de suas impressões filosofais da vida

Sem mais milongas, senta a vara, Rafinha! (ui!)